Confecções de alta costura – entenda um pouco mais sobre esse universo

Desfiles de moda em cidades conceituadas, os melhores tecidos, as novas tendências, os pontos perfeitos… tudo isso assinado pelos nomes mais famosos do universo da moda. A alta costura é vista como inalcançável para alguns e objetivo de vida para outros. Para saber como chegamos até aqui neste tipo de roupa de luxo, separamos um pouco da história de como tudo começou até os dias atuais, ressaltando as técnicas de costura aplicadas. Vamos lá?

A ideia da alta costura é datada no século XIX, na década de 1850. O inglês Charles Frederick Worth mudou-se para Paris na década de 1840 para aflorar suas ideias e, em 1858, abriu a Casa Worth. Ele não fundou o estabelecimento pensando em ser o pai da alta costura, mas sim em ter premissas essenciais para o funcionamento de seu negócio. Ele trouxe as modelos em exibição de suas peças e colocou etiquetas com o nome próprio em tudo que criava de acordo com as estações.

Desde então, tudo que era produzido de forma artesanal, sob medida, com todas as etapas feitas à mão com alto grau de luxuosidade foi chamado de alta costura. Worth criou, então, a Chambre Syndicale de la Couture Parisienne, a união dedicada exclusivamente a preservar as etapas e critérios de produção e valor cultural da moda para a França. Esta tradição se deu maior ainda quando a moda foi ganhando mais desenvolvimento e ficando mais acessível, já que as classes mais endinheiradas queriam para si artigos que fossem totalmente exclusivos.

Com as revoluções feministas, a roupa também mudou. A alta costura foi a primeira, vanguardista, a atuar nos movimentos, criando novas tendências com os novos padrões de estilo que estavam se desenvolvendo. Neste cenário, nomes como Coco Chanel foram lançados, produzindo roupas mais leves e práticas para a rotina diária. Surgiu, assim, o tailleur feminino, com roupas sociais glamurosas. Ela foi responsável por começar a expandir o setor para as mulheres, já que, embora feito para elas, não tinha produção feminina.

A haute couture, do francês, não abarca toda e qualquer grife de luxo. O título só é dado a quem segue à risca alguns passos pré-determinados. Entre elas, está a dupla leva de desfiles no circuito fashion mundial, em janeiro e julho, com 35 peças (número atual, pois no passado chegou a ser 72) divididas entre noite e dia. Algumas das outras regras são ter ateliê na capital francesa, ter um staff de ao menos 15 pessoas e fazer peças sob medida com prova antes.

Alta costura nos dias de hoje

Hoje em dia, os desfiles de moda das mais de 30 marcas de luxo de Paris ditam as tendências de tecido, corte, costura e cor que são replicadas até mesmo no fast fashion, em lojas de departamento de todos os cantos do mundo. Porém, o que ainda é a estrela das grifes famosas é a exclusividade e a sofisticação, presentes desde os primeiros pontos de tecido do setor. As peças são feitas exclusivamente à mão, sob medida e com alto rigor técnico até mesmo nos tempos atuais. Entre elas, destacam-se vestidos, casacos e itens de alfaiataria no geral. O que é mostrado em desfile pode tanto ser vendido ou virar acervo das lojas ou maisons, que emprestam em ocasiões especiais.

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