Costurar é uma atividade tão antiga e tradicional que é difícil precisar quando, exatamente, ela começou a ser praticada. O que se sabe é que no princípio ela tinha o objetivo de servir a dois propósitos básicos: auxiliar o ser humano a se esquentar e evitar que as pessoas andassem nuas pelas ruas, algo de fundamental importância para que a sociedade como a conhecemos hoje pudesse existir.
Com o passar do tempo, contudo, um número cada vez maior de homens e mulheres começou a enxergar na prática da costura uma forma eficiente de ganhar dinheiro e expressar seus impulsos criativos, passando, a partir de então, a criar roupas com um outro propósito: embelezar quem as usava e ajudar a expressar individualidade.
Conforme a busca por roupas mais sofisticadas e personalizadas ganhou força, os pequenos estúdios, oficinas e ateliês de costura começaram a ganhar destaque e relevância, com seu reinado durante até a metade do século XX, quando eles começaram, pouco a pouco, a perder espaço para grandes marcas e corporações, que passaram a adotar métodos de produção em massa que acabaram culminando na chamada “fast fashion” (moda rápida, em tradução literal; trata-se de um termo que descreve a produção e venda de roupas em massa, com pouca personalização) no final dos anos 90.
Tem-se, contudo, que por mais que a “fast fashion” ainda esteja em alta, um grande número de pessoas tem mostrado vontade de voltar a se vestir de forma mais individualizada, buscando com cada vez mais frequência o serviço de oficinas de costura e ateliês para criar suas próprias peças, fazendo, dessa forma, com que esse seja um mercado em expansão, sendo extremamente interessante e convidativo para quem gosta de costura e deseja empreender.
O QUE É UM ATELIÊ?
Por mais que o nome possa parecer um pouco complicado, um ateliê nada mais é do que uma versão um pouco mais completa e sofisticada do costureiro de bairro, sendo um tipo de empresa que emprega um ou mais costureiros e tem o objetivo de criar peças únicas, sob medida, podendo trabalhar com diversos tipos de roupa,produzindo desde roupas normais, do dia a dia, até roupas para ocasiões especiais, como casamentos, teatro e cinema, por exemplo.
O MERCADO PARA ESSE TIPO DE ATIVIDADE É BOM?
Sim, o mercado de moda no Brasil vem apresentando bons números ao longo dos últimos anos, tendo alcançado um faturamento de mais de 21 bilhões de dólares em 2010 e sendo responsável por 1,4 milhões de postos de trabalho, com aproximadamente 680 mil desses postos sendo de trabalhadores que atuam no segmento de confecção de vestuário e acessórios.
Vale ressaltar, contudo, que apesar de ser um mercado que movimenta grandes montantes de dinheiro ele é, também, bastante concorrido e acirrado, havendo, hoje, uma série de empresas competindo pelo dinheiro do consumidor, como por exemplo lojas de grife, que oferecem produtos selecionados, a preços mais elevados, e lojas de departamento, que oferecem produtos mais simples e com preço acessível. A grande concorrência, no entanto, não deve espantar aqueles que desejam atuar nesse mercado, haja vista que os ateliês levam certa vantagem sobre as demais por oferecer um tipo bastante único de produto, que é feito sob medida, não sendo adequado comparar a sua oferta àquelas das demais lojas.
COMO FAÇO PARA ME DESTACAR ENTÃO?
Segundo Marcelo Colameo, dono do ateliê “Leonardo Ufficio di Moda”, um dos mais badalados de São Paulo, ofertar produtos únicos, que sejam feitos sob medida e sigam as principais tendências da moda mundial é diferencial suficiente para fazer com que um ateliê sobreviva e até se destaque no mercado atual. Assim, para dar certo no mercado procure trabalhar a sua capacidade de analisar os clientes, compreender as suas necessidades e desenhar, com base nisso, modelos que se encaixem perfeitamente no biotipo dos mesmos. Fora isso, busque estar sempre antenado em tudo aquilo que está acontecendo no mundo da moda, trazendo para o seu trabalho, sempre que possível, algumas de suas novidades e tendências.
QUAL DEVE SER A ESTRUTURA DO MEU ATELIÊ?
Não existe um único modelo de ateliê, com a estrutura de um empreendimento desse tipo podendo variar de acordo com o porte do negócio que você pretende criar e os seus objetivos. Existem, no mercado, ateliês que trabalham com 2 costureis e ateliês que trabalham com 30 profissionais. Uma coisa, no entanto, é certa: você precisará desembolsar de R$30.000,00 a R$50.000,00 para montar um espaço que tenha boas condições de atender às necessidades de seus clientes – esse valor inclui os custos do equipamento, aluguel do espaço, mobiliário, utilitários e maquinário de nível intermediário. Trata-se, sim, de um valor um pouco alto, porém não deixe que isso atrapalhe o seu sonho. Se você deseja ter o seu próprio ateliê saiba que com uma máquina, um pequeno espaço (em sua casa mesmo) e alguns outros poucos acessórios você já é capaz de começar a atuar na área e desenvolver, aos poucos, seu negócio.
QUAIS OS TIPOS DE MÁQUINA QUE EU DEVO TER?
O tipo de máquina que você irá precisar irá depender do quanto você pretende investir e da forma que você trabalha, havendo, no mercado, máquinas capazes de atender a todos os tipos de gosto e necessidades. Para que não ocorram erros, no entanto, vale a pena consultar um bom fornecedor, como a Máquinas União, por exemplo, que tem anos de experiência e profissionais capacitados e bem preparados, que terão o maior prazer em lhe ajudar a tirar o seu sonho do papel.